sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Estágio curricular supervisionado no curso de licenciatura: momentos de vivência da profissão professor nas escolas de educação básica

A lógica dos cursos de formação de educadores durante o século XX fundamentava-se na concepção epistemológica da racionalidade técnica. Nesta concepção que coloca teoria de um lado e a prática de outro, configura-se uma relação de subordinação das disciplinas pedagógicas – consideradas as disciplinas práticas, em detrimento das teóricas – consideradas as disciplinas científicas. Muitos autores discutiram essa forma dicotômica de configurar-se o currículo do curso de licenciatura, porém foi Pérez Gomes (1992, p.98) que melhor descreveu esta concepção:

“Os currículos são normativos, com a seqüência de conhecimentos dos princípios científicos relevantes, seguidos da aplicação destes princípios e de um practicum, cujo objetivo é aplicar na prática cotidiana os princípios da ciência estudada. Dentro da racionalidade técnica o desenvolvimento de competências profissionais deve colocar-se, portanto após o conhecimento científico básico e aplicado, pois não é possível aprender competências e capacidades de aplicação antes do conhecimento aplicável”.




A duração do estágio é de 400 horas aula (Parecer 02 de 19 de fevereiro de 2001),  que poderão ser distribuídas nas seguintes modalidades.


1- Regência de classe: pressupõe a iniciação profissional como um saber que busca orientar-se por teorias de ensino-aprendizagem para responder às demandas colocadas pela prática pedagógica à qual se dirige;


2- Projetos de extensão: pressupõe a realização de atividades na forma de seminários, minicursos e oficinas para professores, alunos e demais comunidade escolar ou ainda grupos de educação não-formal sobre temas específicos de cada curso de licenciatura.


3- Projetos de pesquisa: pressupõe propostas de pesquisa educacional acerca de “inquietações” próprias do processo de ensino-aprendizagem e suas especificidades.


4- Monitorias: pressupõem acompanhamento ao trabalho de educadores em grupos de educação infantil, educação especial, educação de jovens e adultos, grupos da terceira idade, etc. com roteiro e relatórios de atividades;


5- Seminários temáticos e outras possibilidades da realidade situacional da universidade e unidades escolares.


Há que constar, conforme Cury (s/d) nestas modalidades deve estar contemplada a oportunidade de articulação entre o momento do saber e o momento do fazer.


“O momento do saber não está separado do momento do fazer, e vice-versa, mas cada qual guarda sua própria dimensão epistemológica. O aprender a ser professor, dessa forma, é reconhecido como um saber profissional intencionado a uma ação docente nos sistemas de ensino”.


Revista Espaço Acadêmico Nº 73 - Junho/2007 - Mensal

(Acesso ao Site http:// http://www.espacoacademico.com.br/ em 10/12/09 ás 18:30h)


Postado por:
Fernando Inácio
Didática e Metodologia



A nova Lei de Estágio e a Educação Física


Em vigor desde o dia 26 de setembro de 2008, a Lei Federal nº 11.788 (disponível em www.cref7.org.br) veio substituir a antiga legislação referente à matéria, cuja norma principal, a Lei 6494/77, já vigia há mais de trinta anos.

Mais abrangente, a Lei 11.788/08 trata de estágios obrigatórios e não obrigatórios, contemplando assim, mais de um milhão de estagiários que, por todo o país, complementam seu processo de aprendizagem e se inserem no mercado de trabalho, pela via do estágio extracurricular.

A nova Lei de Estágio traz alterações consideráveis e preenche antigas lacunas da legislação anterior, pondo fim a alguns questionamentos que costumavam ser comuns.

No âmbito da Educação Física, onde os estágios são largamente concedidos, as mudanças são igualmente significativas, trazendo diversos novos aspectos. Mas, vale lembrar que os Termos de Compromisso de Estágio celebrados antes da publicação da nova Lei (26/09/2008), continuam valendo até a data prevista, sendo ajustáveis às novas normas apenas em caso de renovação ou prorrogação, quando estas ocorrerem.

Algumas das principais inovações pertinentes aos estágios em Educação Física são destacadas a seguir.

• Carga horária: limitada a seis horas diárias/trinta horas semanais;
• Tempo máximo de estágio na mesma empresa: dois anos, exceto quando tratar-se de estagiário portador de deficiência;
• Bolsa-estágio: não existe piso, mas a remuneração passa a ser obrigatória (antes era facultativa);
• Auxílio Transporte: passa a ser obrigatório;
• Férias remuneradas: o estagiário passa a ter direito a trinta dias de férias, após doze meses, para estágios com duração acima de um ano, devendo tais férias serem gozadas, preferencialmente, em período de férias escolares;
• Supervisão de estágio: um profissional de Educação Física graduado poderá supervisionar até dez estagiários simultaneamente, observada a Ética, a segurança e a qualidade na prestação dos serviços, que serão sempre objeto da fiscalização dos CREFs. Ou seja: A Ética deverá prevalecer independentemente da permissão legal, conforme previsto no Código de Ética dos Profissionais de Educação Física (v. A Construção do Código de Ética, item norteador VII);
• Seguro contra Acidentes Pessoais em favor do estagiário: a apólice deve ter valor compatível com os valores de mercado, o que é muito importante para nossa área, já que os riscos de acidentes com o estagiário são maiores;
• Vínculo empregatício: continua não existindo, mas o descumprimento de quaisquer dispositivos da Lei acarretará em caracterização de vínculo empregatício com a parte concedente, para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária (leia-se ação trabalhista, penalidades no CREF);


Além destas principais características, a nova Lei de Estágio assegura também que 10% das vagas de estágio sejam asseguradas a portadores de deficiência.

Também ficam instituídos mecanismos que obrigam a um maior envolvimento das Instituições de Ensino Superior nos estágios não obrigatórios, tais como avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação cultural e profissional do educando; indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário; exigir do educando a apresentação semestral de relatório das atividades realizadas no estágio, dentre outras exigências.

Há também a previsão de que nos períodos de provas escolares, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante.

Por ocasião do desligamento do estagiário, deverá ser entregue ao mesmo um termo de realização do estágio com indicação resumida das atividades desenvolvidas e da avaliação de seu desempenho, que servirá inclusive para comprovação de experiência na área.

Como se vê, a Lei 11.788/08 tem um escopo claro e definido de dar caráter verdadeiramente educacional ao estágio não obrigatório, sem deixar de se ater a um mínimo de garantias de dignidade ao futuro trabalhador, representando, portanto, um importante avanço na área de formação profissional do Brasil.

Certamente, haverá polêmicas, dúvidas e conflitos na aplicação da Lei aos casos concretos, especialmente na transição e na adaptação da antiga para a nova norma legal. Nascerá todo um novo universo de jurisprudências, doutrinas e costumes, além de aperfeiçoamentos que, com o tempo, se farão necessários. Todavia, é impossível negar que houve um significativo ganho de qualidade na esfera dos estágios profissionais, especialmente para os estudantes.

Parabéns a todos! A Lei 11.788/08 os torna mais cidadãos!

Arlindo Pimentel
Diretor Executivo do CRE

 


 

Artigo postado por :


 

Fernando Cruz

Didática e Metodologia

Bacharel em Biologia

Para quem não me conhece, sou formada em Ciências Biológicas (Licenciada e Bacharel em Meio Ambiente).
Conclui minha graduação em 2006 e achei interessante apresentar aqui um relatório simples de um projeto que desenvolvi na época relacionado a Educação Ambiental.
Isso prova que nem sempre estágio é ficar "quietinho" observando os já considerados experientes na área.



Atividades desenvolvidas no Estágio


Realizei orientação em uma Unidade Escolar durante o ano letivo de 2005,com atividades  de Educação Ambiental para os jovens educandos da região (Área de Manancial).Foram realizadas várias etapas neste projeto visando cada vez mais intensificar o conhecimento e a interação da sociedade com o meio ambiente sem prejudica-lo. Segue abaixo as atividades desenvolvidas no Projeto Interdisciplinar Nossa Horta .


Ø      Estudo do meio(visitas técnicas em áreas de preservação,zoológico,parque escola,Instituto de Botânica de São Paulo)

Ø      Pesquisa Bibliográfica (livros,jornais,revistas,internet e outros documentos que abordam a temática).

Ø      Dinâmicas de Socialização

Ø      Estudos dirigidos e aulas expositivas


No decorrer da construção da horta comunitária todos estavam munidos de:


§         Ferramentas e insumos próprios ao cultivo de frutas,leguminosas,verduras e ervas medicinais.

§         Materiais para registro (papéis,canetas,lápis,máquinas fotográficas ).



Após cada visitação ,os dados coletados pelos educandos foram sistemizados e demonstrado na escola em aulas expositivas através de maquetes,cartazes ilustrativos ,peças teatrais e eventos culturais.



Postado por Lúcia de Fátima
Didática e Metodologia

A Importância Do Estágio

O estágio é um processo de aprendizagem indispensável a um profissional que deseja estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira.
Está no estágio a oportunidade de assimilar a teoria e a prática, aprender as peculiaridades e “macetes” da profissão, conhecer a realidade do dia-a-dia, no que o acadêmico escolheu para exercer.
À medida que o acadêmico tem contato com as tarefas que o estágio lhe proporciona, começa então a assimilar tudo aquilo que tem aprendido e até mesmo aquilo que ainda vai aprender teoricamente.
Sabemos que pedagogicamente o aprendizado é muito mais eficaz quando é adquirido por meio da experiência. Temos muito mais retenção ao aprendemos na prática do que ao que aprendemos lendo ou ouvindo. O que fazemos diariamente e com freqüência é absorvido com muito mais eficiência.
É comum ao estagiário lembrar do que realizou durante o estágio enquanto assiste às aulas e do que aprendeu em sala enquanto está exercendo atividades no estágio.
Aos que já estagiaram são indiscutíveis os benefícios e vantagens desta experiência. As aulas em sala de aula ensinam conceitos e teorias que são necessárias aos futuros profissionais. A vivência do trabalho permite assimilar vários elementos que foram ensinados teoricamente.
É possível distinguir aquilo que precisamos aprender e nos aperfeiçoar. Torna-se possível identificar deficiências e falhas, onde o estágio é o momento mais apropriado para extrair benefícios dos erros. Será também possível auferir a qualidade do ensino que temos conforme as dificuldades que enfrentamos.
Algumas precauções são necessárias ao estudante que está a procura do estágio.
Em virtude da ânsia de muitos acadêmicos que já entenderam a necessidade do estágio, da obrigatoriedade de determinadas horas exigidas pelo MEC ou pela instituição, bem como da isenção de impostos para empresa que contrata em regime de estágio (sem vínculo empregatício), alguns empregadores oferecem vagas intituladas de estágio, mas na verdade não o são. Há interesse em contratar mão-de-obra barata, sem vínculo empregatício e garantir menor folha de pagamento e despesas com impostos.
Algumas empresas chegam a contratar estudantes como estagiários e colocá-los a exercerem função de telemarketing, vendendo produtos ou serviços, ou até operadores de cobrança. Em simples análise é possível identificar que esta prática nada tem a ver com a proposta do estágio que é proporcionar ensino e capacitação profissional direcionada. Quando o estágio não proporciona aprendizado, simplesmente, perde a razão de ser.
Uma outra prática que aparentemente não é prejudicial, mas que desvia o propósito contratual entre acadêmico e empresa, é o costume de alguns profissionais que compõem o quadro da empresa e não tem consciência, ou não querem ter, sobre a importância deste momento para o estudante e confundem o estudante como “quebra galho” e agente de favores pessoais, ou seja, transformam o estudante em office-boy de luxo e chegam a pedir para que o estagiário compre lanches ou pague contas pessoais em banco.
Outra dificuldade que o estagiário enfrenta é o valor da bolsa auxílio comparado ao valor da mensalidade do curso.
Quando o estudante decide procurar um estágio tem que ter em mente que não deve procurar um salário, pois este não é o objetivo principal. Em contra-partida, se tiver uma boa bolsa-auxílio, terá mais facilidade em pagar as altas mensalidades e ainda ter algumas comodidades financeiras.
A realidade não é igual para todos, pois variam as condições econômicas e familiares de cada caso, ou até mesmo se o estudante possui bolsa na faculdade isentado-o de custas.
Uma vez conseguido um estágio, vencidas as dificuldades e tendo-se condições de estagiar, deve-se abraçar a oportunidade, como oportunidade única, pois não faria sentido freqüentar um estágio se não houvesse comprometimento, responsabilidade, determinação e expectativa quanto a uma eventual efetivação.
Também seria desperdício de tempo e energia, sofrer o desgaste do estágio somado ao desgaste do curso, se não houvesse interesse firme em aprender e preparar-se para a profissão.
Enfim, um bom estagiário deve ter um bom estágio e ambos devem ser produtivos e capazes de formar um profissional pronto a enfrentar os desafios da profissão e gerar boas expectativas de sucesso.
 A reciprocidade verdadeira entre acadêmico e empresa e o desenvolvimento profissional e estudantil garantem sucesso, desenvolvimento e realização para ambas as partes.


Prestemos mais atenção e cuidado com uma fase tão importante para o crescimento de nossos futuros profissionais e de nossas empresas.


Artigo postado no Site : http://www.artigonal.com/  por Adriano Martins Pinheiro( Atuante em escritório de Advocacia em São Paulo/SP Articulista e colaborador de diversos sites e jornais locais).

Acesso  ao site em 09/12/09 às 20h.


Postado por Lúcia de Fátima

Didática e Metodologia

Estágio

Em virtude da nova disciplina em nosso Curso de Especialização em Didática e Metodologia realizado na Universidade Anhaguera, abrimos um novo espaço em nosso blog para orientar colegas, com as mais novas informações relacionadas a Estágio.

Esperamos colaborar com todos que por aqui passar!!!

O GRUPO

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Educação, Tecnologia e seus Caminhos






Por *Divina Salvador Silva

Nos nossos tempos modernos, em que mudanças vertiginosas estão ocorrendo, mais importante que Aprender a Aprender é Aprender a Desaprender. Só que aprender a desaprender é bem mais difícil. Crenças depois de estabelecidas, não podem mais ser apagadas, só enfraquecidas.

O mundo está se transformando, novas descobertas acontecem e a distância entre o presente e o futuro se torna cada vez menor.

É claro que a Tecnologia não é responsável por toda a transformação cultural que ela impulsiona. A mudança tecnológica apenas cria novos espaços de possibilidades a serem, então explorados, (no caso das novas tecnologias da informática seria, rede de computadores, processamento de linguagem, inteligência artificial, linguagens icônicas, hipertextos, multimídia...)

O educador precisa acompanhar a evolução tecnológica, para que o processo-ensino-aprendizagem ocorra de forma eficaz.

Sabemos que para uma planta crescer temos que podá-la.

E como fazer isto com o professor? E com o aluno?

Configura-se que na escola moderna, Aluno aprende com Professor; Professor aprende com Aluno; Aluno aprende com Aluno (este último tem ganhado grande espaço no contexto educacional, quando se trata de Aprendizagem por Projetos) e professor aprende com professor.

Os conteúdos e as aprendizagens são orientações expressas pela atual forma educativa, onde surge uma preocupação pela adequação à realidade inserida. A escola acorda e começa a trilhar em um caminho entre a teoria e a prática e o ensino globalizado.

As dificuldades levam a escola a se “re” organizar, a aprofundar e adotar uma postura diante da questão.
O ponto alvo está em o diretor ouvir os seus especialistas que são os professores, os alunos, os funcionários e juntos então montar uma proposta metodológica, um plano de trabalho, enfim uma trajetória de vida para a escola.

Paulo Freire, deixa claro em seu livro “
Pedagogia da autonomia” que somente um método será capaz deste efeito.

"A Ação e o Diálogo".

O diálogo é a base do método de Paulo Freire. Mas o que é o diálogo?

- É uma relação de comunicação de intercomunicação, que gera a crítica e a problematização, uma vez que é possível a ambos o parceiro perguntar "por que?”.

DIA significa ultrapassar e LOGO significa razão.

Diálogo no estudo da raiz da palavra caracteriza por: - ultrapassar para o lado da razão.

O diálogo nutre-se, portanto, da humildade, da simpatia, da esperança, da confiança dos que o realizam, passando sim para o lado da razão, onde o primeiro passo será a "Ação".

O respeito mútuo implica na superação dos próprios pontos de vista e implica em compartilhar com o outro uma escala de valores e juntos definir as metas a serem trabalhadas.

Piaget, Paulo Freire; Maturana e Varela (l982) e outros autores ressaltam que é só na cooperação que a superação da crise se efetiva. O homem isolado não chegaria jamais a conhecimento algum. O fenômeno do amor é que permite a transformação, pois é só vendo-se no outro que se tem coragem de promover a mudança ética. Piaget considera que nas relações cooperativas, o respeito mútuo é uma exigência.

É preciso que o processo educativo não transmita certezas, que ele seja agradável e significativo, privilegie a expressão e a comunicação de todos os participantes, promova o encontro, a convivência e a cooperação.


Divina Salvador Silva - Pedagoga - Especializada em Orientação, Supervisão e Administração Escolar; Profª/Coord. de Informática Educacional.

Fonte: http://www.centrorefeducacional.com.br/edutecnol.htm

Desafio da Tecnologia em Sala de Aula



A tecnologia é um desafio em educar com qualidade.Há mais preocupação com ensino de qualidade do que com a educação de qualidade.no ensino organiza-se uma serie de atividades didáticas para ajudar os alunos a compreender áreas especifica de conhecimento.Na educação alem de ensinar é ajudar a integrar em todas as dimensões da vida ,a encontrar novo caminho intelectual, profissional que nos realize e contribua para modificar a sociedade que temos.

Não devemos pensar primeiro ser um especialista em informática para depois tirar proveito .Reconhecer o que as tecnologias têm a oferecer e como pode ser explorada em diferentes situações educacionais,a facilidade técnica oferecidas pelos computadores possibilitam a exploração ilimitada de ações pedagógicas ,mas precisamos ter cuidado pois a multimídias pode atraente, mas ser vazias quanto ao conteúdo s relevantes se não forem criticados ou refletido. 
Utilizamos a tecnologia como construção de conhecimento busca e acesso informação e comunicação.O educador deve estar preparado e saber intervir no processo de aprendizagem do aluno para ser capaz de transformar informações em conhecimento por meio de situações problemas e projetos e outras atividades reflexivas.



(Manoel Moram)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A Importância dos Recursos Tecnológicos no Ensino da Matemática


 

Estamos diante de uma sociedade globalizada e dinâmica, a disputa por espaço no mercado de trabalho tem exigido das pessoas uma melhor preparação, cursos extras são essenciais para quem procura uma situação profissional que oferece bons rendimentos. As tecnologias da informação e comunicação estão presentes em diversos setores, atingindo de forma direta e indireta aqueles que atuam nessas áreas.
A preparação desses indivíduos precisa ter início no ensino básico, dessa forma, a educação tem enfrentado uma importante reformulação no intuito de preparar os jovens.

 Ferramentas tecnológicas como o computador e a calculadora têm sido usadas com o objetivo de aumentar a eficácia do ensino e desenvolver no aluno o senso crítico, o pensamento improvável e dedutivo, a capacidade de observação, de pesquisa e estratégias de comunicação.

O uso dos computadores nas escolas é de extrema necessidade na formação dos estudantes, pois o contato com o equipamento fora da escola possui o âmbito da diversão, destinando o seu uso a jogos e sites de relacionamentos. No âmbito escolar, o interesse é o da interdisciplinaridade e o da educação tecnológica, os alunos conhecem as funções básicas do computador, mas não reconhecem a sua importância para o próprio futuro, além de liberar os alunos das tarefas mais técnicas, auxilia no processo de investigação de problemas matemáticos e permite melhor gerenciamento do tempo e das ações de ensino aprendizagem. Sugira trabalhos feitos no computador, mas antes verifique o conhecimento usual de programas como o Word e o Excel; caso verifique dificuldades, prepare algumas aulas extras destinadas a uma orientação básica. Pesquisas, trabalhos digitados e construções de planilhas, são atividades triviais e servem de fixação por parte dos alunos.
A calculadora também é considerada uma ferramenta tecnológica contestada no atual ensino da Matemática, geralmente os argumentos mais fortes contra o seu uso é de que os alunos não aprendem realizar cálculos, pois ficam dependentes do seu uso. Não podemos analisar a situação do uso da calculadora dessa forma, a dificuldade de alguns alunos de realizarem cálculos sem o objeto eletrônico, se deve à falta de habilidade com números, isto é consequência típica da maneira mecânica pela qual ele foi ensinado. O professor de Matemática deve instigar o aluno a desenvolver um raciocínio lógico e aguçado, despertar a necessidade do cálculo mental e de estimativas, isso deve ocorrer nos vários níveis escolares. Se usada de modo planejado, a calculadora motiva o aluno na resolução de problemas, com isso o professor pode fornecer atividades com dados decorrentes de situações reais, que auxiliam na construção de opiniões e na percepção de regularidades.
O educador fica responsável por realizar atividades extras, onde as ferramentas tecnológicas possam ser utilizadas de forma sistêmica, através da individualidade dos alunos ou na formação de grupos de estudo.



Por Marcos Noé
Graduado em Matemática
Equipe Brasil Escola

A importância do esporte na educação

Cada vez mais os esportes vem revolucionando as escolas do país. A preocupação no ensino vem crescendo e uma maneira de incentivo aos nossos alunos é buscar o desenvolvimento nos esportes. Por isso, a importância do esporte na educação.
A prática esportiva como instrumento educacional visa o desenvolvimento integral das crianças, jovens e adolescentes, capacita o sujeito a lidar com suas necessidades, desejos e expectativas, bem como, com as necessidades, expectativas e desejos dos outros, de forma que o mesmo possa desenvolver as competências técnicas, sociais e comunicativas, essenciais para o seu processo de desenvolvimento individual e social.



O esporte, como instrumento pedagógico, precisa se integrar às finalidades gerais da educação, de desenvolvimento das individualidades, de formação para a cidadania e de orientação para a prática social. O campo pedagógico do Esporte é um campo aberto para a exploração de novos sentidos/significados, ou seja, permite que sejam explorados pela ação dos educandos envolvidos nas diferentes situações.
Além de ampliar o campo experimental do indivíduo, cria obrigações, estimula a personalidade intelectual e física e oferece chances reais de integração social.
Em meio a estas descobertas do esporte o que vem revolucionando hoje em dia as escolas é o chamado Esporte Radical. A adrenalina, emoção e o prazer de se exercitar nesta aventura faz com que o aluno alcance diferentes maneiras de aprender um movimento e de se integrar ao meio social.
Ensinar a prática de esportes radicais é preparar o aluno para executar determinadas habilidades por meio da descoberta do prazer de se exercitar. Tudo isso envolvendo segurança, bons profissionais e educadores sempre por perto.
Para a criança ou adolescente estar em contato com a adrenalina, natureza e aventura é o modo de desenvolver outras habilidades e nesta hora que é mostrado o potencial de cada um.
Através destas aulas é possível adequar as disciplinas dadas em sala de aula, mostrando e fazendo com que a criança se desenvolva melhor.



Renata Dias Jornalista, formada pela Universidade do Vale do Paraíba; Pós graduando em Assessoria, Gestão da Comunicação e Marketing na Universidade de Taubaté; escreve diariamente no Portal Planeta Educação.


 PAES, Dr.Roberto Rodrigues. Pedagogia do esporte e os jogos coletivos










Autonomia e Criatividade em Sala de Aula

É interessante verificar que, com o início da genética e da biologia
molecular em princípios do século, o tema da autonomia
gradualmente desapareceu do discurso científico. Paralela e
rapidamente, a técnica e a mecânica fizeram céleres avanços e se
encaminharam para a cibernética e a teoria do controle. Essa é a
razão por que atualmente não pensamos em autonomia na esfera dos
sistemas naturais, e simplesmente passamos por alto, sem
considerar que se possa falar de autonomia de maneira precisa. Já
a contrapartida da autonomia, o controle, pode ser definida sem
inconvenientes. (Francisco Varela)




Vivemos em um universo criativo. Cada uma de nossas células expressa, na estrutura bioquímica de seus DNAs, a convergência de mais de três bilhões de anos de criatividade da vida. Entrarmos em uma mata e percebermos a criatividade ali presente é uma das mais profundas formas de perceber essa característica intrínseca da vida.
Qual é a ordem que ali se expressa? Milhares de sons, cores, formas, cheiros e diferentes tipos de energia fluindo. O mais forte padrão que podemos perceber na natureza é a criatividade ininterrupta. Há pouquíssimos anos, os homens acreditaram que poderiam, à sua forma, organizar e controlar a natureza.
Nesse mesmo sentido, passaram a inibir a criatividade inerente a cada um e também passaram a controlarem-se uns aos outros. A produção de uma ordem humana, imposta por pequenos grupos, fez desenvolver na sociedade o paradigma do controle. Disseminado, esse novo paradigma tem se expressado em todas as formas de organização social.
No universo educacional, para citarmos apenas um dos milhares de exemplos, podemos perceber nitidamente a necessidade que muitos adultos têm de controlar as crianças e os adolescentes, impedindo a plena expressão de sua criatividade visceral. Mas não é possível impedi-la. A criatividade brota entre as crianças e adolescentes como as ervas daninhas que insistem em crescer por entre uma ordenada monocultura de milho.
E da mesma forma que, ao invés de mudarem-se os padrões de diversidade desse tipo de plantação, aproximando-a dos exemplos de diversidade dados pela natureza, os homens optam por apenas matar as ervas com veneno; insiste-se em manter os padrões de ordem e controle escolar, chama-se a criatividade dos alunos, expressa em meio a essa ordem imposta, de indisciplina, e crê-se que se pode exterminá-la com o veneno do autoritarismo.
Vê-se, no entanto, a criatividade brotar de forma recorrente sob a forma da denominada indisciplina, em todos os cantos. Enquanto se continuar tentando controlar os alunos a partir da perspectiva de uma ordem externa, desrespeitando seus processos de auto-organização, estará se perdendo a expressão criativa dos mesmos para resgatar um mundo em diversidade e autonomia.
O papel do educador deveria ser, nada mais do que seduzir os alunos a convergirem o seu potencial na geração de um currículo participativo, diversificado e criativo, que dança ao som de uma bela música e que apresenta o seu prazer na autonomia e imprevisibilidade do próximo passo. O ritmo da dança é a criação de um mundo em plena expressão da diversidade de vida, mais justo, amoroso e sustentável.


Trecho do artigo: Mourthe Jr., C. A. Empreendedorismo Socioambiental, experiência com projetos no Ensino médio, Cap. 2 em Empreendedorismo na Escola. Ed. Art Med. - Pitágoras, Porto Alegre, 2005


Carlos Alberto Mourthe Junior  é Coordenador de Ciências da Natureza Matemática e suas tecnologias do Colégio Engenheiro Juarez Wanderley – São José dos Campos - SP



A Importância dos Jogos Educativos

A imagem da criança é sempre um mundo de encantamento e mistério. Freqüentemente nos perguntamos: o que será que essas criaturinhas pensam? Será que verdadeiramente nos entendem? Será que as entendemos? Inúmeras vezes nos surpreendemos com as relações inusitadas que elas fazem.
Algumas dessas relações, consideramos manifestação de brilhantismo intelectual dos nossos pupilos e, outras, pura ingenuidade que nos faz rir durante meses ou anos. Muitas vezes, guardamos registradas na memória essas proezas para aborrecê-los quando adolescentes.
A intriga diante do universo infantil mobilizou pesquisadores e fez nascer teorias valiosas sobre o desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança. Dentre essas pesquisas, não podemos negar as contribuições de Piaget ou Vygotsky no campo da psicologia cognitiva. E à psicanálise devemos inúmeras contribuições nos estudos sobre as relações entre a imaginação e a formação da identidade da criança.
Esses estudos permitiram aos educadores e à pedagogia reavaliar o uso dos recursos utilizados na escola, como os jogos, brincadeiras e as histórias infantis. Brincar e contar histórias ganharam novos significados que ultrapassam a idéia de deixar os pequenos intrigados e sossegadinhos por um bom período de tempo.
Constatamos que as brincadeiras e histórias desempenham um papel fundamental no desenvolvimento afetivo e cognitivo das crianças.
Os estudos sobre o jogo infantil possibilitam identificar a construção da função simbólica que se faz através da representação e permite destacar o pensamento da ação.
Segundo Vygotsky, na brincadeira os objetos perdem sua força determinadora sobre o comportamento da criança, pois a ação, numa situação imaginária, ensina a criança a dirigir seu comportamento não apenas pela situação que a afeta de imediato, mas pelo significado destas situações.
A brincadeira fornece um estágio de transição em direção à representação. A chave da função simbólica é a utilização dos objetos como signos e a possibilidade de executar com eles ações representativas.




( Jogo de Astronomia feito pelos alunos das 7 Séries )


Na brincadeira, o que é regra torna-se desejo e fonte de prazer, o que no futuro, segundo Vygotsky, constituirá o nível básico da ação e da moralidade.
O desenvolvimento da imaginação associa-se diretamente à aquisição da linguagem, que possibilita à criança imaginar um objeto que ela nunca viu antes, ou seja, a criança aprende a separar-se da ação real através de outra ação, desenvolvendo a vontade, a capacidade de fazer escolhas conscientes e operar com situações que levam ao pensamento abstrato. A ação na esfera imaginativa, numa situação de faz-de-conta, permite a criação da intenção voluntária, de planos de vida real e do que se quer ou se quer ser.
O contato com o lúdico, com o jogo, com o faz-de-conta, neste caso, ultrapassa a idéia de diversão e entretenimento e revela sua importância no desenvolvimento do pensar da criança.
Trabalhando com o Programa Filosofia para Crianças – Educação para o Pensar, não podemos negligenciar a importância do jogo simbólico no universo da criança, o que não significa condicionar as aulas de filosofia às brincadeiras, mas favorecer a transição do pensamento concreto ao abstrato, da imaginação à vontade consciente de suas intenções e implicações.




Confira os Jogos Educativos aplicados na Escola Estadual Francisca Helena Furia II dadisciplina de Ciência , como facilitador do Processo de Ensino - Aprendizagem através da  (Barra lateral do blog).

Profa Lucinha Bio (Uma das autoras do blog Educando para Viver)

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos. L S Vygotsky: algumas idéias sobre o desenvolvimento e jogo infantil. In: Revista Idéias, FDE, 2ª Edição, 1994. Série Idéias, Vol II.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1984.


Só por hoje ficarei longe desse computador

Uma crônica sobre internet, tempo e espaço






O corpo existe para segurar a espinha que segura a cabeça, que sustenta os olhos e o córtex cerebral e libera os braços que são para digitar e clicar. A internet não acompanha o expediente comercial nem fecha para almoço. Todos os dias são úteis. E isso mudou minha vida. Meus horários perderam os ponteiros. Não tenho hora para comer e, à semelhança de um bebê recém-nascido, não sei mais o que é dia e o que é noite. Às 4h da madrugada estou tão pilhada como se fosse às 4h da tarde. Pronta para mamar informações e evacuar ideias.
Meu corpo existe para segurar a espinha que segura a cabeça que sustenta os olhos e o córtex cerebral. E libera os braços que são para digitar e clicar.
Meus olhos estão além do alcance. Nem a alta miopia impede que eles estejam ora aqui, ora na China.
Vão me dizer que não é a mesma coisa que estar na China com os pés fincados lá. Mas o meu cérebro não sabe disso. Talvez porque nunca tenha ido à China. Talvez porque ele já não sabe distinguir os mundos de cá e de lá.
Eu, pelo menos, fico confusa. Na maior parte das vezes, sinto-me tão presente num quanto no outro. Na verdade não sei mais qual é a borderline. Quase sinto o cheiro, a temperatura e o sabor que vêm da tela.
Estar no lá era o sonho do personagem Cosme, da Vila Sésamo. Ele dizia: “Eu quero estar no lá”. E estava sempre no aqui. Mas isso foi antes da internet. Porque hoje estamos no lá e no aqui, simultaneamente. Cosme deve estar feliz agora.
A Física mudou.
Não tenho tanta necessidade de sair de casa como antes. Uma caminhadinha básica diária que é para o sangue circular. Porém, quando tenho alguma reunião na rua, dá aquela desanimada. Para que rua se há Skype? Com áudio, webcam e modo conferência? Com a vantagem de poder, a exemplo dos apresentadores de telejornais, me arrumar apenas da cintura para cima.
Minhas relações mudaram.
Converso com amigos que estão em outros países, durante horas, com a banalidade de um clique. Fico íntima de alguém que só vi uma vez, pessoalmente, quando muito. Conheço pessoas que jamais conheceria na minha rotina mundana. Falo com gente que não falaria. Mas e daí? É só desligá-las.
E o amor? Onde fica? Não sei. Não sei nem o que é o amor. Porque a referência do amor se perdeu na leveza e facilidades das relações. Mas não culpo a internet. Talvez porque eu a ame. E num relacionamento passional a gente nunca enxerga os defeitos do outro.
Nos finais de semana, eu tento sair de casa, mas a internet não deixa. Minha filha me puxa pelos braços. E como um membro dos Alcoólatras Anônimos eu digo: “Só por hoje ficarei longe desse computador”.
Mas se é para ir ao cinema, já vou eu para a internet ver a programação. E, em segundos, estou chamando minha filha para ver uma animação espetacular, hospedada no site de programações culturais. Uma animação leva a outra que leva a outra e… quando vemos, o filme na tela grande se foi…
A internet definitivamente mudou a concepção de tempo e espaço. Como um buraco negro, ela suga o que estiver ao seu redor para levar à outra dimensão.

Meu corpo reclama. A natureza não o fez para ficar parado tantas horas. Há muito o que evoluir. Ainda somos primitivos diante Dela. [Webinsider]

Cristiana Soares é publicitária e escreve no Blog Talk.

Fonte:Websinder

Os Desafios da escola decorrentes da Revolução Tecnológica






O processo de aprendizagem gira em torno das condições da escola pública, da postura do professor diante dos desafios da escola decorrente da Revolução Tecnológica e das mudanças na sociedade ocidental.
Segundo Alonso:
“A base estrutural da escola atual é o modelo burocrático de concepção funcionalista, faiolista, com ênfase na produção, entendida como acumulação de “conhecimentos” (entenda-se informações/ reproduções) [...]. Administrativo e pedagógico estão separados, independentes, constituindo níveis de ação e de autoridades diferentes.” (2003, p.25).
Alonso (2003, p.26) afirma que a escola atual ainda mantém características de um modelo tradicional de educação que corresponde às necessidades e expectativas da sociedade em outras épocas da história, nas quais aprender era adquirir conhecimentos de fora, sendo que a função da escola se limita em ser apenas o modelo reprodutor de sociedade existente.
Desde o começo do século, a sociedade ocidental passa por mudanças significativas que influenciam na maneira de pensarmos e atuarmos. Logo, altera procedimentos tradicionais do Fordismo, capazes de transformar a partir do desenvolvimento tecnológico, a fim de provocar alterações no modo de viver, na interação social, enfim, em todos os aspectos da vida humana. (ALONSO, 2003, p.27).
Litwin, destaca que “A tecnologia posta à disposição dos estudantes tem por objetivo desenvolver as possibilidades individuais, tanto cognitivas como estéticas, através das múltiplas utilizações que o docente pode realizar nos espaços de interação grupal” (1997, p.10).
Com a tecnologia à disposição dos estudantes, há maior exigência em relação à prática pedagógica.
Litwin, afirma que:
“O tratamento e a transmissão da informação foi evoluindo ao longo da história da humanidade. Desde o tratamento manual, com o uso de marcas gravadas em madeira, tabulinhas e a escrita alfabética, o tratamento mecânico, com o surgimento da imprensa no ano de 1439, no Ocidente, até o tratamento automático na atualidade com o surgimento dos computadores (1997, p.79).
Inicia-se um discurso no qual se considera imprescindível a inovação tecnológica ou a modernização da escola.  Esta perspectiva considera que a incorporação das novas tecnologias à educação é por si mesma determinante da melhoria do ensino.” (1997, p.80).
A incorporação das novas tecnologias da informação e da comunicação no campo educacional tem consequências tanto para a prática docente como para os processos de aprendizagem. (LITWIN, 1997, p.78).
Litwin afirma ainda que:
“As novas tecnologias e o aumento exponencial do conhecimento levaram a uma nova organização de trabalho, onde se faz necessário:
- a imprescindível especialização dos saberes, dando lugar à figura do especialista;
- a colaboração transdisciplinar e interdisciplinar;
- o fácil acesso à informação (arquivos, banco de dados, etc.);
- considerar o conhecimento como um valor precioso, quantificável em termos de obtenção, de custo, de utilidade, de produtividade e de transação na vida econômica, etc.” (1997, p.83).

De acordo com Litwin (1997, p.83), neste contexto os projetos educativos gravitam em torno de uma dupla problemática:
a) responder às demandas do sistema produtivo em função dos avanços científicos e tecnológicos atuais;
b) elaborar um currículo (no sentido amplo do termo) que garanta uma formação básica de qualidade para todos os cidadãos.

Podemos analisar que há maior exigência de qualidade dos professores e da qualidade de ensino, na qual ocorre a aprendizagem recíproca e, contudo, preparo para enfrentar com responsabilidade e competência uma nova realidade vivida por todos nós.
Certamente numa sociedade na qual a mudança é constante, é necessário que atuem profissionais pró-ativos, que se dediquem, buscam objetivos, que sejam persistentes e capazes de se reciclar sempre, que possam corresponder de acordo com a necessidade de uma sociedade que exige muito do profissional, não apenas pelo fato de se exigir muitos conhecimentos técnicos e teóricos, mas principalmente por exigir que esta teórica se adapte com a realidade vivida no cotidiano do trabalho, esta que deve estar acompanhada da práxis.
A escola deve ser um espaço de aprendizagem favorável à formação do cidadão, cultivando os valores, o desenvolvimento das capacidades intelectuais e de sentimentos e atitudes que contribuam para formação do tipo de homem e de sociedade que se pretende construir, não se limitando a simples transmissão e perpetuação dos elementos selecionados (ALONSO; QUELUZ, 1999, p.89).
Alonso (2003, p.29) afirma que “A forma como a escola está organizada, o modelo estrutural em que está assentada, as pressões dos órgãos superiores para o cumprimento de rotinas burocráticas, tudo isso corrobora a permanência das concepções tradicionais dominantes, em detrimento de outras mais coerentes com modernas propostas de trabalho em equipe e com o desenvolvimento de uma proposta coletiva para a escola”.
As escolas estão organizadas de uma maneira que possibilita a permanência das concepções tradicionais, portanto, nós, profissionais da educação, precisamos nos conscientizar para que as instituições escolares e a todos que a elas pertencem assumam uma nova posição frente ao processo educativo e, assim, precisamos também inovar e adaptar as nossas escolas de acordo com a realidade da nossa sociedade moderna. Portanto, é indispensável uma transformação que busque uma nova ótica, mais criativa, menos acomodada, mais participativa, mais ética, mais democrática, tecnologicamente mais exigente, com professores e gestores capazes de promover e conduzir adequadamente as mudanças necessárias. (ALONSO, 2003, p. 30).



Michele Aparecida Andrade dos Santos Mediadora de Informática Educacional de Guaratinguetá, Pedagoga formada pela Universidade Salesiana de Lorena.

Acesso através do domínio

http://www.planetaeducacao.com.br/ em 29/10/09 às 20:20

Informática no Ambiente Escolar

Um dos aspectos mais importantes é que a informática vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vêm aumentando de forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essa nova tecnologia.

A informática educacional tem como objetivo permitir aos alunos o contato com este mundo informatizado, sendo mais um recurso para haver uma aprendizagem mais prazerosa, através de softwares educativos com conteúdos trabalhados em sala de aula pelo professor.

Trabalhar com o computador é uma possibilidade de ampliar e diversificar a prática pedagógica. O computador possibilita a utilização de estratégias que não se restringem ao simples uso e manuseio de uma máquina.




Por isso é importante que o educador compreenda o uso do computador de maneira ampla, assumindo uma postura multidisciplinar de integração de conteúdos e das disciplinas ampliando a abrangência do conhecimento que pode ser adquirido pelo aluno.


De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), a escola faz parte do mundo e para cumprir sua função deve estar aberta a incorporar novos hábitos, comportamentos, percepções e demandas.

Considerando ainda a rapidez com que se dá a produção de conhecimento e a circulação de informações no mundo atual, a incorporação das inovações tecnológicas irá contribuir para a melhoria da qualidade na educação. Contudo, a simples presença das tecnologias na escola não é, por si só, garantia dessa maior qualidade.

Segundo o PCN, a tecnologia deve ser usada na escola para ampliar as opções didáticas do educador, com o objetivo de criar ambientes de ensino e aprendizagem que favoreçam a postura crítica, a curiosidade, a observação e principalmente a autonomia do aluno.

O educador continua sendo quem planeja e desenvolve as situações de ensino a partir do conhecimento que possuem e dos processos de aprendizagem, desta vez utilizando a ferramenta tecnológica como mais um recurso para ensinar e aprender. Ele é responsável pelos processos que desencadeia para promover a construção de conhecimentos, e nesse sentido é insubstituível.

A tecnologia deve ser utilizada como recurso para apresentar e aprofundar conteúdos curriculares, não somente para ensinar programas de informática, pois o objetivo não é formar técnicos em informática.

O ideal é estabelecer objetivos pedagógicos para que as atividades tenham significados e façam do laboratório uma extensão da sala de aula, um verdadeiro ambiente de aprendizagem.

Segundo Fróes (apud LOPES, 2002), a tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras ferramentas, por vezes consideradas como extensões do corpo, à máquina a vapor que mudou hábitos e instituições, ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a tecnologia nos transportando ou mesmo nos substituindo em determinadas tarefas, os recursos tecnológicos ora nos fascinam, ora nos assustam...

De acordo com Borba (2001, p.46), quando coloca “seres humanos – com – mídias” dizendo que “os seres humanos são constituídos por técnicas que estendem e modificam o seu raciocínio e, ao mesmo tempo, esses mesmos seres humanos estão constantemente transformando essas técnicas”.

Para Flores (1996), "a informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo”.

O autor ainda coloca que mesmo diante desta nova realidade e do avanço da informática, o professor deve repensar sobre sua prática, utilizando a tecnologia ao seu favor.

É preciso que a escola mobilize seu corpo docente sobre a importância da informática educacional.

Mobilizar o professor significa mudança de paradigmas, acreditar que a tecnologia é sua aliada na construção da sua prática, isto não o tornará um especialista na área, mas é preciso criar condições e querer se apropriar deste conhecimento, para saber usá-lo adequadamente em seu dia a dia com o aluno.

O importante é que o professor se sinta como uma peça participativa do processo, seja parte integrante da construção deste novo conhecimento, se atualizando constantemente e criando novas estratégias de aprendizagem e enfrentando estes novos desafios.




Maiara Barbosa Monteiro da Silva

Acesso pelo Site: http://www.planetaeducacao.com.br/ em 29/10/09 às 20h.

Didática e o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação

Começo este artigo fazendo um questionamento aos professores:

Será que é possível trabalhar a Didática junto à Tecnologia e tudo que esta representa numa situação de aprendizagem?

Percebe-se que existe certo desconforto quando se fala em didática e prática com o uso de tecnologias em sala de aula. Isso se deve por muitos professores acreditarem que este uso provocará indisciplina e poderá também prejudicar a criatividade e espontaneidade do aluno, e talvez por não dominarem totalmente a arte da tecnologia.

Tudo depende do nosso olhar, da nossa vontade de mudar, de propiciar ao aluno novas maneiras de aprender. Um olhar positivo para uso correto da Tecnologia em sala de aula poderá constatar que ela trará muito mais do que se imagina, seu uso impulsiona a inteligência e cria ambientes favoráveis à aprendizagem. Precisamos quebrar os paradigmas que nos prendem a modelos antigos de educação, já que o objetivo da escola é o desenvolvimento das capacidades físicas, intelectuais e morais dos alunos, ela precisa democratizar o SABER e reconhecer a necessidade que se faz de trazer a Tecnologia para dentro da sala de aula, para dentro de seu planejamento, sendo entendida, assimilada, criticada... não importa, mas sendo usada.

A escola tem que assumir uma postura didática de comprometimento com a Tecnologia, deve assumir uma postura de crescimento, mudança e buscar nela novas formas de fazer a educação, assumir a multifuncionalidade do processo de ensino-aprendizagem e articular suas três dimensões: técnica, humana e política.

Nada adianta programas e mais programas de formação, se o professor não souber usar a Tecnologia como sua aliada e parceira na construção do conhecimento, usá-la como uma ferramenta pedagógica que o auxiliará a ampliar suas capacidades e possibilidades, ela deve ser bem compreendida para ser bem usada, gerar resultados e provocar transformações.

Quanto mais a escola e seus professores protelam a necessidade eminente do uso da Tecnologia, mais distantes vão ficando seus alunos, que lotam lan houses (recordistas em acesso ao Google com 12 milhões de buscas POR DIA), que passam 02 horas em frente ao computador, que sabem manusear qualquer aparelho eletrônico como se tivessem escrito o manual de instruções destes.

Respondam-me com sinceridade: algum de vocês já conseguiu que um aluno estudasse 02 horas por dia ou que em toda vida escolar dele, fizesse 12 milhões de perguntas?

Segundo o dicionário Wikipédia, na internet, a palavra didática (didáctica) vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica de ensinar. Tecnologia, por sua vez, (vem do grego τεχνη — "ofício" e λογια — "estudo") é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento.

Se juntarmos as duas, poderemos ter a seguinte definição: Didática e Tecnologia: arte de ensinar com conhecimento técnico e científico.

Essa é a função do professor, ensinar de forma técnica, com conhecimento e apropriação dos seus objetivos... Essa também é a função da escola e da educação, propiciar ao aluno, um mundo de possibilidades, um mundo de conhecimentos, no qual não existem fronteiras, um mundo que pode se transformar a cada “clique”.

Cabe a você, educador, essa mudança de conceitos e definições. Faça. Mude. Proporcione. Transforme.





Acesso pelo Site: http://www.planetaeducacao.com.br/ em 29/10/09 às 19:52 h.

A Voz do Professor

"Para Sara, Raquel, Lia e para todas as Crianças"



(Carlos Drummond de Andrade)


Eu queria uma escola que cultivasse
a curiosidade de aprender
que é em vocês natural.


Eu queria uma escola que educasse
seu corpo e seus movimentos:
que possibilitasse seu crescimento
físico e sadio. Normal



Eu queria uma escola que lhes
ensinasse tudo sobre a natureza,
o ar, a matéria, as plantas, os animais,
seu próprio corpo. Deus.




Mas que ensinasse primeiro pela
observação, pela descoberta,
pela experimentação.





E que dessas coisas lhes ensinasse
não só o conhecer, como também
a aceitar, a amar e preservar.




Eu queria uma escola que lhes
ensinasse tudo sobre a nossa história
e a nossa terra de uma maneira
viva e atraente.



Eu queria uma escola que lhes
ensinasse a usarem bem a nossa língua,
a pensarem e a se expressarem
com clareza.


Eu queria uma escola que lhes
ensinassem a pensar, a raciocinar,
a procurar soluções.





Eu queria uma escola que desde cedo
usasse materiais concretos para que vocês pudessem ir formando
corretamente os conceitos matemáticos, os conceitos de números,
as operações... pedrinhas... só porcariinhas!... fazendo vocês aprenderem brincando...

Oh! meu Deus!
Deus que livre vocês de uma escola
em que tenham que copiar pontos.





Deus que livre vocês de decorar
sem entender, nomes, datas, fatos...





Deus que livre vocês de aceitarem
conhecimentos "prontos",
mediocremente embalados
nos livros didáticos descartáveis.





Deus que livre vocês de ficarem
passivos, ouvindo e repetindo,
repetindo, repetindo...





Eu também queria uma escola
que ensinasse a conviver, a
cooperar,
a respeitar, a esperar, a saber viver
em comunidade, em união.



Que vocês aprendessem

a transformar e criar.




Que lhes desse múltiplos meios de
vocês expressarem cada
sentimento,
cada drama, cada emoção.





Ah! E antes que eu me esqueça:
Deus que livre vocês
de um professor incompetente.


Fonte Site: http://www.bancodeescola.com/andrade.htm Acesso em 29/10/09 às 19:45h